O auto-conhecimento como objetivo de vida....

facilitando o convívio social.

"A música é um dos veículos mais impressionantes de exteriorização dos sentimentos.
Através da poesia melódica, o artista dos sons e silêncios, eterniza em combinações infinitas de tons e semitons o precioso instante de seus sentimentos, ou de suas impressões de um lugar ou de uma situação.
Ao ser transmitida a música passa, a quem com ela entra em contato, as sensações e os sentimentos que a imaginação permite a quem, que, mesmo não conhecendo o autor (na intimidade), acaba penetrando superficial ou profundamente na imagem mental que aquele tentou criar.
A musicalidade está na humanidade e, quiçá em todo o universo vivo, desde todos os tempos, e, possivelmente, a música esteja em Deus!
Os indígenas e povos mais selvagens, por nós conhecidos, já possuíam seus rituais de canto, ritmo e dança, muitas vezes exaltando seu respeito à divindade e à natureza.
Todos os países possuem um hino nacional, suas músicas regionais e tradicionais e cultivam em algum momento músicas e músicos que em algum momento contribuiram para o acervo musical daquela nação, ou seja, daquele povo, daquela cultura.
A Europa cultua músicos eternos como Mozart na Áustria, Beethoven na Alemanha e Choppin na França.
Conhecemos os países por seus estilos musicais e ritmos preferidos: Na Itália temos a ópera, na Argentina o tango, na Espanha o flamenco e no Brasil o samba e a bossa nova.
Artistas com uma criatividade e uma musicalidade impressionante deixaram suas marcas em nosso país, e alguma de suas criações ficaram na memória da nação para sempre.
Nomes como Noel Rosa, Adoniran Barbosa, Caetano Veloso, Chico Buarque de Holanda, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, assim como Villa Lobos, entre outros fizeram a cultura musical brasileira.
Estes artistas criaram obras que se tornaram eternas e que encantam as gerações, não importando o tempo. Muitas delas foram criadas para embalar os sonhos da juventude de seu tempo, mas ficaram como mensagens fixadas em todos os tempos. E, certamente fariam falta se não tivessem sido criadas.
Nos tempos atuais a música se tornou, mais do que nunca, uma mercadoria ligada à fama e ao poder econômico, perdendo a necessidade nos artistas atuais, de criarem obras que lhes exijam da criatividade, do amor ao belo e à superioridade melódica.
Desta forma as músicas, hoje em dia, perderam muito em melodia, aceleraram bastante o ritmo (talvez reproduzindo o ritmo alucinante da competição em que vivemos nos tempos atuais) e vulgarizaram a linguagem e a mensagem que procuram passar.
Assim, me faço um questionamento: Não serão a banalização da violência, a corrupção (a idéia do pode tudo e da impunidade), a banalização das drogas na sociedade, com o consumo de drogas cada vez mais viciantes e letais, um reflexo da banalização da mensagem da música que hoje em dia é consumida em nosso país.
Desta forma, chego à conclusão que o músico que hoje está procurando colocar seu sentimento mais profundo em suas músicas, com as idéias de respeito ao bem, amor a tudo que o rodeia, valorização da vida, entre outros valores um tanto esquecidos nos dias de hoje, seguindo suas convicções no bem, tentando passar aos outros, através de melodias cada vez mais sensíveis e belas, o bem que conhece e almeja, apesar de parecer estar na contra-mão da história, ao que parece está no caminho certo.
Este deve ser o caminho da arte, acompanhando lado a lado o caminho da humanidade que hoje habita a Terra: elevar, fazer refletir no bem, falar de amor num tom mais elevado, valorizar a relação humana, a amizade, o respeito.
Ver brotar do sentimento do artista melodias que exaltem o belo e sentimentos mais elevados.
Não será que o equilíbrio e a maior harmonia produzida das artes levará a uma maior harmonia e respeito social?
Não estamos carentes de criações musicais que tendam a se eternizar em nossos corações, nos dando a noção de uma identidade musical?
Não é bem melhor procurar educar com músicas que trazem emoções e sentimentos melhores (como já tivemos abundantemente em outros tempos, e hoje se escasseiam), do que aquelas que só fazem vulgarizar as relações humanas?
Nesse contexto, a meu ver, se situa o músico espírita, espiritualista ou com uma certa religiosidade universal em seu ser.
A persistência em criar músicas que insistem em convidar ao bom, ao belo ao respeito, à amizade, inclusive tocando em temas que resultam de nosso próprio desequilíbrio, como a solidão, a depressão, a violência, os transtornos psíquicos, o individualismo exacerbado, entre outros, me parece como aquela semente que jogada ao solo vai se multiplicando aos poucos ao longo do tempo.
Também por isso, ao meu ver, que excelentes músicos que dizemos emergidos da cultura espírita, tendem a universalizar a sua linguagem, sem, necessariamente, cair no lugar comum, levando admiradores de sua arte a sentir o prazer em uma música que traz a reflexão e à elevação.
Quiçá seja esta a música do futuro!
Que encontre seu próprio mercado esta música que eleva o ser, que massageia a alma, que conclama à alegria de viver, de amar e à necessidade de respeitar para ser respeitado.
Esta música certamente acompanhará e alavancará o progresso moral da humanidade.
Nos ocupará a mente com melodias carregadas de teor positivo, levando a todos a refletirem mais no bem do que banalizarem as atitudes que nos levam ao desequilíbrio de atitudes e emoções.
Igualmente parece que, no momento que a sociedade estiver mais madura em seus desejos e atos e mais conectada com seu caminho evolutivo, a sintonia com músicas de mais elevado teor se farão mais naturais e cotidianas.
Mas acredito que o nosso papel (dos músicos espíritas) hoje seja o de deixar o terreno fértil para que algum dia esta possibilidade possa vir a se tornar realidade.

Que assim seja!"

Francisco Sibemberg

2 comentários:

sei nao... acho que a música vai perdurar eternamente... ja viu o filme: "o som do coração"?
assiste pra vc ver... alem de ser mto lindo realça a relação invisivel de sentimentos que a musica faz com as pessoas... é aquela ne, vc sempre lembra de alguem com alguma musica... n tem como... e é bom... e uma das melhores sensações quando vc coloca o fone no ouvido e para sua rotina pra escutar aquela musica e lembrar daquela pessoa... acho que essa banalização da musica vai ser so faze, as musicas de verdade estao em ascenção... se Deus quiser os funks e a vulgaridade vao dar lugar pra verdadeira harmonia da musica

com certeza Augusto. Ainda vao perceber o que é música de verdade...
aquela que passa não apenas letras, mas, sentimentos, fazem arrepiar... fazem chorar, reproduzem um estado de espírito e não simplesmente se insinua com letras e coreografias pornográficas e barulhada acelerada... como o texto mesmo disse... às vezes sendo apenas uma representação musical da vida corrida e distante de tudo que levamos...
tenso...

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Julio Dario, 24 anos, de Araxá/MG,formado em Ciências Contábeis, bancário, apaixonado por música e por boas companhias, bons ambientes, boas vibrações se sentindo na obrigação de difundir a paz a união e o amor.

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