Essa semana iniciou-se de modo ímpar a análise visando
“digerir” mais uma obra de Anitelli e sua trupe começou, no domingo em uma
caminhada despretensiosa junto a natureza.
Confesso que o medo pairou sobre minha mente quando
anunciaram este novo CD, visto a minha admiração pelas composições e pelo teor
das letras, o aspecto transcendental da arte e o engajamento pela arte livre
conseguiu me conquistar me tornando assim mais um fã do trabalho de “O Teatro
Mágico”.
Segundo
Léon Denis “A beleza é um dos atributos divinos, A arte é a busca, o estudo, a manifestação
dessa beleza eterna, da qual aqui na Terra não percebemos senão um reflexo.
Para contemplá-la em todo o seu esplendor, em todo o seu poder, é preciso subir
de grau em grau em direção à fonte da qual ela emana.”
Engraçado
que toda obra que me toca, e que me leva as lagrimas sempre fala de sentimentos
sublimes... ou mesmo de conteúdos espiritualistas, de sentido da vida, como é o
caso de “sina nossa”, “o tudo numa coisa só”, “sonho de uma flauta”, “o anjo
mais velho”... e agora no novo álbum “da entrega”, “eu não sei na verdade quem
eu sou”, “nas margens de mim” entre outras tantas que não cabe ficar citando.
Sei
de que a música é uma arte sublime e volátil no que diz respeito ao que cada um
interpreta visto a sua subjetividade... depende muito de sintonia, de “gosto”
então não me admiro se alguém que esteja lendo isso não esteja de acordo com o
modo de que a arte da trupe me atinge, visto que o que mais me admira deste
trabalho é que ela atinge a todas as classes sociais (visto o seu engajamento
de arte livre), todas as religiões e até os não religiosos e aí está a grande
beleza... O sol ilumina tanto o fundo do precipício quanto o cume da montanha...
Tem uma frase da Auta de Souza que diz ... “Arte nobre e bela vinda de crentes
ou ateus é sempre luz que evidencia a providência de Deus.”
Ainda
Léon Denis cita “O materialismo, com sua insensibilidade haviam esterilizado a
arte.” Pois bem... imaginem se tudo que tivéssemos no mundo da arte, fizesse
alusão a sexualidade exacerbada, ou as injúrias de amor, as traições, o amor
não correspondido, o “troco” de “dor de cotovelo”, a arte não teria perdido seu
sentido?
Meu veredicto
sobre o novo CD é que mais uma vez a trupe, toda a trupe, porque a letra não
seria nada sem a sonoridade e a melodia que todos os músicos trazem consigo
além das ideias, e as letras milimetricamente escolhidas, as expressões dos
artistas na sociedade do espetáculo me fizeram rolar lágrimas, queria eu ter o
privilégio de Fernando Anitelli ler esse texto e saber que pessoas como eu (que
são MUITAS) torcem de todo coração para que continue seu trabalho inspirado,
que toda a poesia nos traz felicidade por alguns minutos, que ela prevalece
acima de tudo... Fico feliz de saber “Da entrega” de tudo isso pro mundo e que “amanha
será” um dia diferente graças as ideias que semeiam lembrando sempre da nossa sina
de se ensinar. A arte da trupe rompe várias barreiras e conceitos, e é inegável
o caráter espiritualista dessa galera e daí que vem tanta inspiração...
trabalhadores do bem, que sucederam de silenciar da voz material, mais inspiram
os que estão aqui a participar da Entrega dessa convergência material/espiritual
emanando-nos amor através da arte.
Tenho
enviado para alguns amigos, algumas análises das músicas do novo álbum e espero
poder compartilhar com meus leitores aqui em posts do porvir, por enquanto fica
isso nos servindo de proscênio.
Só
nos resta, a todos nós fãs do trabalho desses companheiros, fazer preces ou
vibrações, ou mesmo aquele que não compartilha de nenhuma atitude desse gênero,
pense positivo para que este trabalho continue emocionando a todos que a
escutam e continue nos remediando os passos.
Valeu!
;)
1 comentários:
Amanhã...será
Achei essa música simplesmente incrível!
Tbm tenho vontade de fazer uma análise sobre ela, ela tem uns fragmentos muito interessante e inteligentes!!!!
Abraços!!!!
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